sexta-feira, 10 de julho de 2020

O Homem Que Tinha Medo de Amar

Doces sonhos de melhores tempos, esticada mão
A ondas de âmbar, vestidos de veludo e paredes
Que ainda não conseguem encurralar o coração,
Ele fulgura no escuro, pouco sacia as suas redes

De auroras boreais, de quimeras que tais, embora
Suspire, tal maré, o forro de prata enfim quebrado, 
As mil vontades, um a uma, os tempos de outrora
Relembram momentos de inocência, deslumbrado,

Os traços do seu rosto ainda delineado a lápis estelar,
Oh por favor abraça-me, esqueci-me de como chegar, 
Depois de tudo, ainda me faltavam moedas no bolso, 

Era uma a um, apenas pretendendo o seu reembolso, 
Por isso parto sem ir, sem chegar, homem no convés!!
Pois com medo de Amar, criança no porão ao revés!
 

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