sexta-feira, 26 de abril de 2019

O Poema da Solidão

O ermita sozinho rumando errante ante o trilho,
É a solidão sua amante, o presente sua ausência,
Da noite feita e caída ele é então o beijo e o filho
Para quem passa por ele, aí a sua eterna carência,

Escorre sim chuva sobre o seu rosto, isto posto,
É ele perdido após o que foi e o antes de o ser,
Apartado retiro, o escape para o inicio de Agosto,
É importante o passar para além da neblina e ver

Que no momento lúgubre há beleza, há imensidão,
Sem meandros, a clareira para quem pretende Vida,
Para quem se cansou de andar sem qualquer noção,

Para quem almeja ir e alcançar a margem querida,
Aos transeuntes passageiros mostro-vos esta solidão,
Perfilando ao que determinado instante a mim convida.

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