Por entre lentes diáfanas passam rastros de estio,
Qualquer tempo é tempo de ir um dia chegando,
É preciso ir sem medo para preencher este vazio
Que na esquina da ruela vamos alfim deixando,
Acordo no despertador da ponta de um compasso,
Escrevendo um poema para quem ficou para trás,
Se entre nós houver distância haverá sim espaço
E eterno fragmento para preencher as horas más,
Mesmo na solidão e incerteza, há toque e grandeza,
Para ser inteiro e único e ter alívio para o enfermo,
Que da fragilidade venha a fraqueza e nessa fraqueza
Encontremos toda a força, o ciclo infindo e sem termo,
Assim a infusão no firmamento esvaecendo a tristeza,
Para por fim poder plantar flores em qualquer lugar ermo.
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