Vem e fica, é Abril e chove o mundo neste regaço,
Flui um rio em leito frio, procurando a sua foz,
Celeremente vem o Universo e num breve abraço
Sou mais do que alguma vez fui, sou a única voz
Que pela estreita passagem da Vida perscruta,
Tão atento à água límpida, a noite sobrevoando,
Suave e docemente vendo o que o beijo escuta,
Hoje sim serei Serafim, hoje abrir-me-ei amando,
Tatuado na alma entre eternos sulcos vincados,
Bocado a bocado viajando entre seus cabelos,
Pelas delicias dos céus rendido a deuses ornados,
O percurso é a estrada que passa sem abrandar,
Se ainda houver Verões a ideia será então tê-los,
Para ir indo sem jamais partir mas um dia chegar.
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