segunda-feira, 15 de abril de 2019

Enquanto Destes Pulmões Houver Folêgo

Clandestino dentro do contorno deste semblante,
Jornais velhos esvoaçando ao abrigo duma cidade,
Apela-me a noite entre nebulosas e eu hesitante
Pois se fosse pluma seria então fardo na sanidade,

Esfregando o olhar e procurando a bela Primavera,
Quase sonho com o beijo que é poesia no presente,
Por vezes há dias que chovem e a noite é efémera
De momentos para reter ou largar ao fogo latente,

Pois tudo é ausência quando acordamos de manhã,
A enxurrada incipiente lava-nos ao de leve o rosto,
Essa é a regra aplicada ao ontem, hoje e amanhã,

E já agora, enquanto tiver por cá, serei a guarida
Para quem em mim habita de Setembro a Agosto,
Enquanto navego por mundos explorando a Vida.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.