Imerso na enxurrada, triste e sozinho sem caminho,
Finda-se o que era repleto de estrelas para contar,
Na algibeira poeira de um sonho bonito, o moinho
Lavra águas de um dia passado que pude albergar,
Entretanto saudades de um beijo que dure uma vida,
A predileção do cerúleo por um único momento,
Que me embeba nos braços de uma costa querida
Pois todos procuramos abrigo, aqui, no firmamento,
O resto é morte, o resto passa quase sem deixar traço,
O trecho é ensejo, lágrima por acordar, o latente
Vem do nada e é imensidão, mais que tempo e espaço
Pois quando nos alheamos do que em nós é
É perdida a ambição, a fruição e de repente
Somos sombra de esqueletos, esquecendo a fé.
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