Suplicava então por quem lhe desse a mão,
Por um instante único de perfeita sintonia,
Quem lhe preenchesse o resto do coração
E lhe reensinasse por fim o que é magia,
Eram cavalos selvagens percorrendo o leito,
Enfeitiçando tumultuosos o olhar procurado,
E em silêncio esperava ouvir enfim o peito
Dela sob o meu num momento já elapsado,
Esquecia o beijo que tardava, a tarde morria,
Em breves traços recuava numa noite vazia
Repleta de sonhos e almejos não alcançados,
Por mim o cerúleo era todo o seu belo olhar,
O coração que não devia mas acabei por dar
Através dos meandros de tempos já passados.
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