Escutando o não observado, o alheio impermanente,
É semblante para o não envolvido, o beijo indiferente,
Por onde vamos não nos vemos tal aventesmas pálidas,
Somos tal oceano ou deserto de superfícies esquálidas,
Refugiar-me-ei em casa quando o sol enfim despontar,
Quando o peito se encher e por fim conseguir respirar,
Pois por metade de uma alma não se alcança o horizonte,
Serão horas tumultuosas que não conferem uma ponte
Para lá do instante, eterno finito que proporcione lugar,
Amor qual será o meu sítio quando não sei sequer ficar?
Dormitando no ombro da Lua a sentir o seu doce abraço,
Enfim ouço a terna voz do Universo conferindo regaço
Que é maior do que aquilo que sou neste breve instante,
É quase suficiente para por segundos sorrir, é o bastante.
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