Algures num poema há aquela ínfima beleza,
Repousando enfim longe em recôndito lugar,
Cedemos versos e pintando vai-se a tristeza,
Novamente sabemos, já não é preciso procurar,
Seremos estrelas cadentes arranhando o céu,
Essa cúpula permitindo um instante de Vida,
Ou fantasmas antigos arrancando este véu
Quando tudo o que conhecem é a partida?
Sou a bruma e a lamparina, a nebulosa da criação,
Onde se criam as maravilhas e se escuta o coração,
Separo-me dos transeuntes, daqueles sem alma
Distante do ponto inicial, só isso sossega e acalma
Pois do olho do vendaval sou oriundo, minha glória
De perto de mim rascunharei nesta história.
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