terça-feira, 21 de agosto de 2018

Novamente Colocamos o Pé na Estrada

Do topo do seu farol quase não via a sua luzência,
Negro era o céu donde se atirava para os abrolhos,
Esse escape no breu da noite era esta triste ausência
Que não permitia ver a vista, que a escondia dos olhos,

Procuramos intensamente por seu corpo nos rochedos,
Imóvel e quebrado, a sombra do sol era o firmamento,
Doce e lentamente passava por seu cabelo estes dedos
Esperando que ela retornasse e visse o que estava dentro

Do peito, era coração palpitante aguardando ser Vivido,
O sonho era maldição porém a única oração dignificante,
Assim se separavam as estrelas do céu e no beijo querido

Reparávamos que a margem era cada vez menos distante,
Novamente o poeta era por briosas constelações vestido,
E novamente colocava o pé na estrada como sendo viajante.

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