Conferido o beijo através duma oblonga passeata,
Por onde nos perdíamos em doces constelações,
No dia presente aqui preencho a minha errata
Pois o meu todo não é suficiente para dois corações,
E alongamo-nos em esperas que não sabem a Vida,
Respirando fumo, esbracejando e rogando por ela,
Lágrimas pela Beleza de uma quimera tão querida
Que não é o bastante para afogar esta triste estrela
Que trago abrasando e cegando tal um candeeiro,
Por onde vou à noite, perco-me na falta de luzência,
Tão sozinho tornando-me cinza caindo num cinzeiro
Por onde vou vai-se fenecendo a palpitante fulgência,
Amor, amante, amiga, conhecida, estranha, o aguaceiro
É todo o meu sentimento que não suporta esta ausência.
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