sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Encurralado

Encurralado entre os bares destas ruas,
Mais um copo e menos uma memória,
Assim vão passando estas pálidas luas,
Assim se vai tecendo esta minha história,

Por onde não vou, há sombras e vielas,
Esquecimento da noite outrora perdida,
Que são pertença de quem já foi nelas
Todo o beijo e o sabor de toda uma vida,

Envolvido pela neblina, vem a absolvição
De uma doce menina que mora no coração
De quem ousa soar alto e que não tem medo

Pois o silêncio é uma arte, tal manter o segredo
Que é de quem esvoaçou e quis um dia regressar
Ao destino a que já deixou mas porém ainda soa a lar.

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