Vem amor, verte em mim a negra enxurrada,
Vai o poente e suspiro eu a travos de poesia,
Sê lembrança de uma vida a dois partilhada,
A prova que num momento fomos toda a magia,
Vem amor, dá-me a mão e deixa-me no caminho,
O trilho é adiante e este instante é de partida,
Esquecendo o outrora de quando não era sozinho
E tu me preenchias todo o coração e toda uma vida,
Vem amor, separemos o trigo do joio, o cruzamento
Que se afasta à estirada por cada segundo passageiro,
A viagem assim é realmente tocada e vem o firmamento,
Vai amor, somente agora enfim terei amor verdadeiro,
Ao partir, o tormento desta vida, o eterno cinzento
É a tua ausência, a distância incrementada, o bueiro.
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