Beija-me do fundo do poço, desta ravina,
Sou toda uma sede e anseio por vida e cor,
Serei pluma a descer brevemente a colina,
Num devaneio alífero, num perpétuo ardor,
O céu e o mar retratam tão bem esse rosto,
Nos detalhes deste sorriso que os esboçam,
São nesta memória, a lembrança, o recosto
E o consolo nas ondas que as nuvens traçam,
Espero onde me deixei, num instante eterno,
Num barquinho à vela sem vento a o beijar,
Enquanto não vem a Primavera sou o Inverno
Mas pouco me importa pois aprendi a amar,
Nesse momento imanente o abraço fraterno
Ao beijo do fundo do poço que hei-de soltar.
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