Um dia, quando partires leva-me a mão como lembrança,
Ao ritmo da dança sem nome, nossos olhares entreabertos
Eram a estrada, os cavalos selvagens neste peito, a criança,
O único lugar parecido com lar pelos instantes indiscretos,
Ao ritmo da dança sem nome, nossos olhares entreabertos
Eram a estrada, os cavalos selvagens neste peito, a criança,
O único lugar parecido com lar pelos instantes indiscretos,
O nascente e poente, o epítome para as noites esquecidas,
Os beijos cálidos, imersos no tão belo segundo passageiro,
Entoo a enxurrada reflectida neste olhar sob folhas caídas,
Sou refração do homem perdido no tempo, sem timoneiro,
Os beijos cálidos, imersos no tão belo segundo passageiro,
Entoo a enxurrada reflectida neste olhar sob folhas caídas,
Sou refração do homem perdido no tempo, sem timoneiro,
As ruas tornam-se vielas escuras desprovidas de moção,
O tempo deixa-me para trás, sou ilha à mercê deste mar,
Fustigado e atormentado pelos caprichos de um coração,
O tempo deixa-me para trás, sou ilha à mercê deste mar,
Fustigado e atormentado pelos caprichos de um coração,
As ondas esbatendo na proa em instantes impossíveis de amar,
Assim me projecto no espelho do céu, terei uma constelação,
Ou uma simples oração? Já não me basta o simples bastar.
Assim me projecto no espelho do céu, terei uma constelação,
Ou uma simples oração? Já não me basta o simples bastar.
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