Ouvia enfim: há beleza na simplicidade,
Nas formas, nas cores, no próprio olhar,
E esse ver não olha a credo nem idade,
E ensina a quem é só aprendiz a amar,
Encontram-se por fim porções de vida,
Evita-se a mentira e até a miragem,
Beijando-a na boca ela sente-se sentida
E cada segundo torna-se nesta viagem,
A idoneidade do simples tem aqui lugar,
Há tempo e espaço no espelho a reflectir,
É até recipiente para quem a si se procurar,
O importante é o permitir, é o consentir e o ir,
Pois ao longo do caminho perde-se o caminhar,
Portanto é indispensável deixar o simples existir.
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