quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Quanto Mais Perto

Quanto mais perto vou mais longe dela estou,
Partido coração porque teimas tanto?
Não vês que este é o preço de quem amou
As mortes dos sorrisos dados neste pranto,

Onde não cabe luz de nenhum solarengo sol,
Apenas espaço para negrume e solidão,
Assim caem os poetas em seu próprio anzol,
Sem a amada para abraçar ou dar a mão,

Suspiramos uma tristeza que não tem fim,
Ansiamos a morte sem alguma despedida,
Pois aqui se fragmentam homens assim

Almejando por vida mas não a tendo sentida,
Que mais pode um velho trovador fazer enfim
Se não há luz, dia... só uma eterna descida?...