Estranhos obscurecidos no leito da porta,
Sombras de um longínquo outrora passado,
Passeiam-se em redor de uma árvore torta,
Inspirando o tempo que há então restado,
Amor, somos somente estranhos hoje em dia,
A perdição das vielas escuras, o sofrimento,
Dessas estações tenho em mente tal fotografia
Enquanto a perdi, perdi-me a mim no momento,
Tu eras a mais bonita com o teu vestido de gala,
Procurando-te onde não me encontro – adeus,
Prostro-me tal morto no vazio de uma sala
Não sou convidado para dançar, foi-se a dança
Que continha toda a beleza desses olhos teus
Nada mais, nada mais que uma lembrança.