sábado, 29 de outubro de 2016

Amor, Ainda Veremos

Amor, ainda veremos de novo a estrada,
Entre o choro e o pranto de uma tentativa,
A imerecida busca por aquela almofada
E a continuação da findada narrativa,

Olho nos meus olhos e vejo porções pequenas
De restos deixados pelo ontem em desmazelo,
Algures onde descansa toda a minha pena,
Algures onde este sonho é só pesadelo,

Durmo e perco a luz e a perda de paisagem
É tanta de que é óbvio que falta espaço,
Que a ideia em si é somente triste miragem

Enfim contornada por giz de embaciado traço,
Onde foi que perdeste a crença na viagem
E o mundo se revoltou morto e escasso?