Emaranhado na neblina da alvorada
Que ao longe apesar de me saudar,
Parece não chegar, não saber a nada,
Para além de um instante a se recuar
Para outras tramas passadas de beleza
Horizontes e apenas uma lua tão cheia,
Agora esboçado a cores azuis de tristeza
Riscos e rabiscos, prisioneiro de uma teia
Onde não há lugar para poesia ou dar a mão,
Somos levados ao vento pelas marés adiante
Ai, quem me dera ser o poeta de tua eleição
Que fosse por um mero momento, um instante,
Esta vida merecedora de ser vivida faria então
Deste amador e do seu trilho menos errante.