Amigo, farão festas por ti sobre a tua sepultura,
E flores florescerão e a manhã virá desse chão,
Então veremos os dias, as nuvens e cores da altura
Para nos lançarmos enfim de mão em mão em mão,
E os dias transientes de uma noite agora tão fria,
Efémeros, pois, o pássaro assim para longe voejou
És o que ficou, o que uma estrela passageira trazia,
És seu fulgor, és a sua magia que em nós pernoitou,
Porém és pássaro e os pássaros não caem, eles são
A parte inocente e leve que permanece no coração,
Amigo, trouxeste sorrisos para o comum transeunte,
Por isso não há dúvidas, não há quem ainda pergunte,
Amigo, és o suspiro de uma criança brincando no passeio,
És o abraço no cimo da colina, o acenar de despedida no recreio.
para o Kaia
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