Os suspeitos de viver, suspeitos de correr atrás da Vida,
Um breve sonho de bolinhas de sabão, vê-la idolatrada
Como um ligeiro toque sobre o sepulcro de despedida,
Pois o sonhador também é subalterno ao abraço da Morte,
Apesar de não a abraçar, não a temem, não rezam a ausência
Ou vão esperando, lentamente seu próprio definhar, a sorte
De quem está para ir, não para ficar em eterna abstinência
Do sabor próprio que tem a vida, a passagem entre o poema,
Delicada como o ecoar de quem vai sem medo, vai destemido,
Pois ao passar do tempo somos estranhos, sem palavra ou tema,
Perseguindo a procura e a espera por um dia enfim grandioso,
Esta pulsar é sincero, este pulsar é verdadeiro não é enrustido
Deixemos para trás o terrestre, saudemos o céu em tom ansioso.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.