Não direi mais adeus, agora apenas darei boas vindas,
O cansaço do aceno de despedida quebra a esperança,
Enche-me de escárnio das manhãs e as noites lindas
Proteladas pelas estrelas de dois olhares em lembrança,
É uma partida infindável, é o receio dos velhos lugares,
O retorno ao mesmo tal manchas depositadas nas mãos,
Não obstante do quanto já fomos ou quantos andares
Subimos, somos sôfregos, somos inertes, somos órfãos,
Perguntando-nos qual a vista para o recreio, o corrimão
Para o céu que transfigura os homens em sonhadores,
E eu preciso de sonhar, preenche a alma e o coração,
E tenho saudades do lar, nós não somos deste mundo,
Há lugar no instante fugidio entre a brasa e os ardores,
Espaço para a criança alada e este sentimento profundo.
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