terça-feira, 24 de novembro de 2020

Estas Palavras Escritas

Recontam-me o silêncio de uma madrugada escurentada, 
Inebriado por versos de um poema hoje desconhecido, 
Deixado algures numa rua atrás da porta escancarada, 
Onde era tudo e nada num escrever por Deus enaltecido,

Escrevi de ti para mim, estrofes pomposas repletas de beleza, 
Pois o silêncio desses lábios era demasiado para aguentar,
Então no papel os coloquei para esconder essa subtileza 
De um rosto trazido no coração que não pára de tentar, 

Esta lágrima luzidia neste olhar nublado e o ecoar da solidão
Pelos corredores de mármore a passo pesado, quase a chegar
Ao lugar onde permaneço, donde escrevo poemas de imensidão

Pela tua voz em sonetos, esse toque em papel, maior do que a vida!
Não tem fim este amor quebrado, é enterra-lo para não me acorrentar,
E enfim, livre para voar para longe dessa tristeza, por uma capa envolvida.

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