quarta-feira, 18 de novembro de 2020

A Eterna Procura E Espera

Procurando abrigo desta precipitação interior,
O desejo é simples, é um dia outrora fustigado
Por sorrisos onde abrolham flores longe e em redor
Do coração, que venha a estação, direi o recado

Deixado à porta dos deuses dos vivos e dos mortos,
E esta mensagem escrita a ferro e fogo nas paredes,
Pais, filhos e avós lembrados e nós imóveis e absortos
Pois sabíamos que esta água não saciaria estas sedes, 

De homens indolentes cujo trilho não deixa encalço,
Este rastilho até mim, este olhar até o fim do horizonte
Onde o acontecer é real, não há hesitação ou percalço,

O fôlego deste amanhecer, procuro da chuva resguardo,
Entre os charcos um reflexo livre de ruídos, claro e insonte,
Dentro da ondulação as palavras: “Eu por mim aguardo!”.

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