Aqui um fôlego por uma vida, um beijo suspirado
Entre os dentes e a estória que acaba finalmente,
Por um minuto passageiro, um ontem fantasiado,
Suficiente para tornar o maior céptico em crente,
E em mente, um charco de sangue no chão, o botão
Do Inverno, cisterna para extinção da sede da morte,
Não obstante de quem nos beija e tocando o coração,
É mais do que uma questão de destino, fado ou sorte,
Inclino a garrafa, correndo do seu fundo, submerso,
O pôr-do-sol é carreira para os acordados, libertários,
De maquilhagem manchada, do seu oposto ao inverso,
O anseio pelas sementes de uma nova dimensão, estação,
Desde que do céu caímos que seremos eternos refractários,
Sem destinatários, entre as colinas, entre o ir e esta hesitação.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.