Há horas sem segundos, e instantes sem momentos,
Até dias em que já não nos servem as roupas usadas,
Até dias em que já não nos servem as roupas usadas,
Há um frio com calor misturando aqueles sentimentos
Que colocamos em gavetas por mil chaves fechadas,
Temos cruzado as encruzilhadas e nelas sido cruzados
Por rostos que em nós passaram, os eternos passageiros
Que tenuemente nos beijam a bochecha, somos achados
Em ciclos onde dentro de nós por vezes somos estrangeiros,
E vem a bruma, e vem o bueiro, e escuta-se o vento,
O passarinho ainda chilreia, é moldura com intento
De cobrir mais, esvoaçar mais alto de olhar aberto,
Pois apesar de seu voo ser tudo menos um voar certo,
É nas estrelas que enleva seu ninho, seu altivo sonhar,
Pois venham essas horas sem segundos, estou aqui para as aclamar!
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