Retratos inexactos de uma dança outrora bailada,
Enunciada e soletrada a minúsculas numa ponte
Era a trova do romance, a lágrima ontem deixada,
De onde uma alma saia e perdia em si o insonte,
Era um nome murmurado pelas alcovas nocturnas,
As vielas ecoavam-no ao patamar da insanidade,
E eu perdia tempo e então numa ânsia taciturna
Ia-se o fôlego e ofegante sustia-se em iniquidade,
Assim vertiam-se-me os olhos, gotejava-se a vista
Em charcos de alvoroços, as pálpebras restantes
Então largavam-me e cerravam sem qualquer pista,
Não bastava o asfalto e o pavimento, era o momento
Para permitir a bruma ser, talvez ser como era antes
De as estrelas cadentes caírem neste nosso casamento.
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