sábado, 17 de outubro de 2020

Alguns Espelhos

Alguns espelhos deixam homens em migalhas,
Côdeas de pão para outros transeuntes desatentos,
E eles gostam de pão. Tens erigido em teu torno muralhas
Apontadas para a linha do horizonte, erectas para os ventos,

Terra dos perdidos, mais um dia negro para o pedinte,
Ao desabrigo desta canção, pedindo perdão ou isenção,
Ainda na sala de espera para entrar e por conseguinte
Dar entrada na vida, aonde for pulsante o coração,

O resto é poeira no olhar, a tensão nas cansadas pernas,
Quando é apenas e somente outro dia a cinza pintado,
É cinzento, ao vento, ao suspiro destas tristes cavernas

Onde alguns fazem moradia sem lar até ao seu jazigo,
É o perigo de voltar as costas à vida, ao breve bocado
Por onde somos bem vindos, por onde há sempre um amigo.




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