Somos os fantasmas do crepúsculo; o fim do dia
E início da noite pertence a quem fala o seu dialecto,
E cada um de si vai na sua própria companhia,
Onde as sombras se dão como imperadoras
E não há candeias com luz suficiente para alumiar,
Ouçam ao longe as vozes que outrora foram merecedoras
De um beijo que entretanto foi perdido, que já não sei como apontar,
As persianas de uma janela deixada entreaberta,
Falta-nos espaço para respirar, a pele foi largada
À perspiração de uma noite onde cada hora era oferta,
Poia para quem a mim seguir, a quem a mim for seguinte,
Deixo-vos a voz de Deus, uma luz mesmo que inacabada,
É vida e missão para o vivo, para quem continuar, para o bom ouvinte.
(De uma história ainda não observada).
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