Então exilado à efemeridade de uma lembrança,
Estilhaços de um passado partilhado entre dois,
Sorrisos dados à esperança e inocência de criança,
Sim! Tinha sabor a céu azul limpo, a um futuro pois,
Vejo dois semblantes a reunirem-se em ausência
Das encruzilhadas da vida deixadas por metade,
Gatinhando no escuro por cortinas de existência
Que aparentam não albergar toda uma verdade,
Trago-a no coração, num cocktail feito de magia,
De quando dedos entrelaçavam-se em seu redor,
Alumiando a luz de sol a passagem e treva do dia,
Vertido e escorrendo por cascatas repletas de cor,
Tens palavras reservadas sob a forma de poesia
Onde eu tive esboços e desenhos feitos a amor.