domingo, 20 de agosto de 2017

Tristeza e Solidão

Estranhos têm passado por estes cobertores,
Dormido dentro da minha pele e consciência,
Pois a este vento tenho perdido os meus amores,
Este caminhar tem sido fruto de impermanência,

Confidencio estes suspiros arremessados à Lua,
Beijos que olvidei e que nos lábios permanecem,
Apenas tenho sido eu sob esta pele sempre nua,
Tenho sido aquele que os vivos vão e esquecem,

Tristeza e solidão no meio da alegre multidão,
Sozinho onde todos passam e ninguém fica,
Não há quem chegue e alcance, partilhe a mão,

Tenho em mim uma alma que chora e grita
Pois tanta gente vem sem preencher o coração,
Sou de ninguém, ninguém é nesta hora maldita!