Esquecimento é o único nome daquele semblante,
Vómito e convulsão para o coração apaixonado,
Cada passo dado é um eco ainda mais distante
De uma palavra que infelizmente se há quebrado,
Dormito onde as estações passam sem herança,
Esperando pela mão da donzela com a sua graça,
Enquanto me vai deixando aquela bela lembrança
De dois tal como um num reflexo de uma vidraça,
Oh outrora num beijo partilhado era toda a magia,
Passavam eternidades vividas em breves segundos
Que esvoaçavam através de noites onde vinha o dia
Por telas e pincéis, beijos e abraços, mundos e fundos,
Confesso por vezes a envoltura de toda uma nostalgia
Revertendo-se no olhar triste deste pequeno vagabundo.