Porventura seria pois de uma alma exilada
A lembrança deixada na berma da margem,
Ainda vou indo no percurso desta estrada
Ignorando se este trilho tem sido viagem,
Saudades dela, de nossas mãos bem dadas,
De instantes pertencentes quase a Deus,
Era outro tempo de promessas quebradas,
Era a beleza captada por estes olhos meus,
A morte sorri-me, ofegante sou o seu passar
Daquilo que outrora passou e enfim é passado,
Daquilo que eu não consegui de todo cativar,
Deixo-te ir pois este coração é transeunte só,
Nada fica para sempre, há que seguir o fado,
Enquanto vou ficando eu, sozinho sob o pó.