segunda-feira, 5 de junho de 2017

Pela Vista Desta Janela

Pela vista desta janela cerram-se portões,
Atormentado pelo vazio de um terno abraço,
Respiramos por sorte no meio de dois corações,
Errados ou certos dormíamos na ideia de regaço,

Revelamos a verdade sangrando ao vento,
Estes sentimentos irão um dia subsidir,
O sorriso retornará e num beijo todo o alento
Que um dia pensamos ter deixado de existir,

Já não penso na donzela mais nem menos,
Esta é a noite em que por último respirarei,
Beberei da fonte da solidão seus mil venenos

E procurarei nas vielas o que não consigo encontrar
Nesta viagem perdida, o que amanhã serei
Será só outro sonho que continuarei a buscar.