Poder adormecer nos seus braços de cimento,
Ter simples regaço e descanso, o sonho infinito,
Num retrato a ode de cores a um firmamento
Que embeleza as suas redondezas e é bonito,
Esboçando as emboscadas para um coração,
O poeta acenando a mil e uma despedidas,
Jazigo pleno para quem não soube dar a mão
E se foi perdendo à passagem pelas avenidas,
De dedos esticados quase alcanço a lembrança,
Um momento delicado suavemente retocado
Por mim, quase eu, numa sumptuosa dança,
Para mim todo um almejo alguma vez ansiado,
O ar aberto, o sorriso indelével de uma criança
Que trago nas rugas de um dia outrora passado.