segunda-feira, 1 de maio de 2017

Daqui

Daqui, sonhos ausentes são acordados,
As suas plumas destas costas penduradas,
Estala a madeira sob os olhos cerrados
Pela colina abaixo apanho as enxurradas,

Canta o meu rouxinol e vem a madrugada,
Acredito em princesas e anjos do mundo,
Não sou único, punhos fechados à alvorada,
Sou a montanha escalada pelo vale profundo,

As algibeiras por nós de cabelos alinhadas,
Sussurrado por cada direcção, qual estação
Será lar para o vagabundo? Garras cravadas,

Respiro o afago de Deus e canta o coração,
Porque não me vês tu de peles pigmentadas?
Eu só preciso do arremesso dado pela tua mão.