Percalços e encalços na beira da estrada,
Luzências da noite, sombras deste dia,
Outrora era fonte, tudo e quase nada,
Mais do que muito, mais do que podia,
O último dos poetas, beijo-a na testa,
Sou, fui um semblante deste passado,
Hoje outro boémio procurando festa,
Cambaleando torto de si quase abdicado,
Mãe, dá-me a mão, puxa-me para o céu,
Estampa-me o sorriso que foi deixado
Confere-me um caixão que seja só meu,
Um pouco do firmamento tão, tão amado,
Cansado deste andar por campos de asmodeu
Por mim já tão esquecido, por mim tão ansiado.