sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Perdão

Perdão! Vai perdendo assiduidade nestes tempos,
Braços oblongos lançam-se escamoteados na noite,
Desprovidos de rede para os apanhar em seus intentos
Em retrospectiva recluso, passada em segundos à pernoite,

Apenas um mais excerto do caminho alarve nos seus enleios,
Conceituado como subjacente de índole um pouco doente,
Com as horas a passar e sobretudo o anelar de mil anseios,
Esmorece o ânimo, esfria o corpo, de alma mais que ausente;

Entre paredes ornadas a frio, mais um nó do que o preciso,
Sobre a triste soledade, filtram-se suaves as gotas no tecto,
Inclinado sobre o abismo, além algures se encontra o paraíso!

Sentimento do poço, reclinado impotente e incompleto,
Nada no covil do homem que permita um sincero sorriso,
É impreciso o fulgurar de quem vive como um soneto.

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