sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Escape

Escape da rotina face aos dias inacabados,
Infames degraus e degraus para caminhar,
Pretos são os olhos de contornos azulados
E lúgubre o espaço entre as cores do sonhar;

Indecisão vai de mão em mão até ao nada,
A chuva incipiente molha mais do que cai,
Vagueando por um varão de uma escada
Onde o corredor é estreito e a luz se retrai;

Subtrai-se o súbito do dia e vê -se o escuro,
E é duro, contudo assim vai passando a hora,
Em busca apesar de saber que não procuro,

Da sinuosa estrada que a mente desflora;
Caminhando na algibeira a senda do impuro,
Espelho os limites da vida, refractando a aurora.

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