Entre as margens e marés, a insegurança da respiração,
É a razão para a cedência, para a gaiola da debutante,
Este fado da não pertença é um cântico para a desilusão,
Os murmúrios entre dentes rangidos, venha o restante,
Pois anseio por beijos eternos apesar da sua efemeridade,
O desgaste da alma, os sonhos enterrados em vala comum,
É esta imanência que condena o vulto desta nebulosidade
Preenche de cicatrizes estas feridas delicadas, sou mais um,
Vamos indo no trilho, almejando a chegada, sem ser em partida,
Não percebes que fui capturado pelas linhas dessa beldade,
Entendei que entre essas margens e marés fiz toda uma vida,
Esta odisseia melancólica provém de um coração quebrado,
A natureza reflectiva do poema é indelével em curiosidade,
Então quando morrer, enviem flores bonitas ao meu cuidado.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
quarta-feira, 29 de novembro de 2023
Cicatrizes Duradouras
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