Circundo a noite de outrora com as luzes apagadas,
Vem a poeira de um tapete persa dentro dos pulmões,
Dentro deles o mar move-se por entre terras onduladas
Onde sou esquecimento sem culpa de mil e um apagões,
Este olhar brilhante repleto de estrelas esvai o firmamento,
Procuro um novo dia sob a forma da mão que traga a eternidade,
Da escuridão estou ofegante, passa-me a voracidade do momento,
E ela assim respira profundamente numa terna e sublime beldade,
E casa não é sinónimo de lar, por isso fantasmas se deitam nesta cama,
Há alívio perante o espaço que não é meu, milhões de pontos reluzentes,
Onde eu já fui adjacente ao instante que se instalava ao lado desta lama,
Insónias e ausência de sonhos não pode ser existência para o trovador,
Porque tenho uma certeza, este Amor é a outros tempos pertencentes,
Consequente esta é a verdade, em cada um de nós existe um amador.
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