terça-feira, 21 de novembro de 2023

Primavera dos Sentidos

Numa moldura escrevemos o som de uma canção,
Em papel pintado a esdrúxulas, num doce suspiro,
Entrelaçados, o seu corpo, os meus braços, um coração,
E vem a aurora, ofegantes nos damos em apartado retiro,

Vestígios de perfume por um beijo encantado deixados,
É o labirinto inefável de um silêncio que vai perdurando,
Resplandecente, no olhar brilhante por uma brisa afagados,
Há flores no seu sorriso e por onde formos enfim caminhando,

Encanto, calma e harmonia, para trás vai ficando a preocupação,
É um reflexo de refractado, é equivocado é comboio sem estação,
Anseio a silhueta que é sombra e vulto na noite e sua passagem,

Chegada enfim e finalmente a terna primavera e a sua paisagem,
Nunca esquecerei de que há vislumbres de nós em nossos lugares,
Divagados ao esmo da poesia, debaixo do Sol e dos nossos madrugares.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.