Não voltaremos aquele singelo sítio chamado de lar,
Sustemos o fôlego por um momento sem chegada,
Dizemos obrigada e regressamos ao não lugar,
Pois já fomos passageiros do comboio sem vagões,
Levanto o braço e não sinto entre ele a brisa,
São as meninas bonitas que escavam os mais belos caixões,
E costuma ser o poeta que se perde aonde pisa,
Precisamos de balanço, ainda estamos longe da distância,
O quebranto da água a bater no soalho é apelido
Da lágrima estalada, da madrugada e da sua instância,
Próximo do fim, sem ver a eternidade, parte-me o coração,
De dedos cruzados, esqueci das estrelas que havia vestido,
Somente há funis sem fundo, assim vem a infinita monção.
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