Resgatado, fui prisioneiro da adversa pluviosidade,
Refém maldito acorrentado entre quatro paredes,
Retratado por pincéis cinzentos, sem idoneidade,
Entre labirintos internos, capturado por mil redes,
Resgatado, outrora sem visão, o fumo era nos pulmões,
E as asas eram iguais às de Ícaro, nunca iria muito longe,
Almofadado por pensamentos negros, sem ter travões,
Onde as sombras eram lar, mas o hábito não faz o monge,
Resgatado, a madrugada aproxima-se e toda a sua maravilha,
Vou trilhando entre as bermas, vem-se o sorriso ao rosto,
Tenho sonhado, pois tenho dormido, tenho sido em partilha,
E eu, resgatado, frágil e delicado, deixando o medo para trás,
Finalmente preparado para Viver, penso que paguei o imposto
Do anteriormente devido, está na hora de postergar as horas más.
Blog do músico e poeta português Joel Nachio onde este vai escrevendo e reunindo escritos poéticos.Tal como as músicas são compostos de forma única a partir do mais sublime reflexo, em retoque, do seu sentimento e poesia. Alguns poemas já pertencentes a livros, outros ainda "frescos" e originais no website...
quinta-feira, 31 de agosto de 2023
Resgatado
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