sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O Tiquetaque da Passarela da Vida

Há brisas que sopram que nem doces promessas,
Tal farol no nevoeiro, compasso para um deserto,
Após a terra, sujidade e poeira nas unhas impressas,
Há também espaço para o tiquetaque que é tão incerto,

Tenho pouco tempo para viver exponencialmente,
Ofegante por ela, suspiros deixados entre janelas,
Ainda há a tanto a fazer e experienciar felizmente,
Tornam-se as horas feias finalmente em horas belas,

Os segundos exsudados lugares entretanto passados,
Esticando os braços,  estalando os nós destes dedos,
Vamos ficando inteiros deixando homens fragmentados,

Há ganho nessa perda, há momentos que anseio tocar,
Por isso vou passando na passarela da Vida sem medos,
Pois tenho noção de que só essa vivência me permite amar.

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