quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Renascimento nas Estações

Renuncio à obscuridade da noite, venha a aurora,
Esperei toda uma vida por este vindouro instante,
Regresso ao paraíso, lugar ao qual pertenci outrora,
Hoje percorro buscando o Inteiro, o factual inobstante

Dos caminhos já percorridos, dos beijos então concedidos,
Procuro pertença, não a vil sentença dada pelo soar do vento,
E eu, entre mil paredes labirínticas de desejos então atendidos,
Digo-vos, esta Vida tem sido num piscar de olhos, num momento,

Estas pegadas, silentes perante a perfídia de um tortuoso caminho,
Agora firmes e obstinadas, segurando o coração na palma da mão,
Revinda a Vida, acompanhado por anjos, não mais aqui sozinho,

Porém ainda tenho tanto a aprender e tanto pelo que pedir perdão,
Portanto, entre o sim e o não, sorriso no rosto, doce amorzinho,
Aqui farei o meu templo a Afrodite, erguido de estação a estação.

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