quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Rendição ao Amor: Passado Dissipado, Presente Abraçado

Enfim sorrio perante uma silhueta quase erguida à perfeição
Pois encontrei finalmente o amor, à sua beleza sou rendido,
E estas brumas dissipam-se, é possível por fim dar a mão,
Sob estas passagens concretas, não mais estou rescindido,

Sim, somente por agora, libertarmo-nos deste fardo antigo,
O passado não significa futuro, deixemos a desesperança,
É preciso desamarrar as suas algemas, deixar esse castigo
Que nos enforca, que nos fustiga, que ladrilha a insegurança,

Por um pouco de tempo respirar bem fundo e permitir o ser,
Secretamente este instante é tudo alguma vez pretendido,
E esta passagem, barra, aragem, tudo o que anseio aqui ver,

Serei uno com o presente, a sorrir no sonho entretanto sonhado,
És assim a quimera, a seta de Cupido em mim e no céu difundido,
Com as constelações, galáxias e supernovas estou aqui alinhado.

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