quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

O Abismo Entre Eu e Ela

Estas quatro paredes nunca nos segurarão,
Não enquanto houver novos sítios e lugares,
O movimento é o que digna, enleva e dá a lição
Do tempo partilhado e os seus diferentes estares,

São caminho no holofote, para termos de novo vida.
O mundo entretanto mudou, é difícil ir de mão em mão, 
Pulsa o peito batente é tumultuoso e anseia por guarida
Que gostaria que fizesse parte do cenário, da conclusão

Em que dois eram somatório, oratório para os deuses do olimpo, 
Rodinhas para rodar, asas para voar e olhos para conseguir ver,
Saudades de casa, o seu ombro arrebatado a um cerúleo tão limpo,

Não obstante, verto-me por degraus para chegar a esse lugar, 
Algemado ao coração, tentando não sentir o óbvio e o tecer
Que me entrelaça a ela é abismo para o não saber quando amar.


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