Há quem passe a vida perseguindo-a sem nunca a alcançar,
Numa doce procura, numa caminhada através de labirintos,
Através do escuro beco sussurram as vozes num abismar
Que parece de outra dimensão, de tempos outrora extintos,
Prosseguindo as inquietudes da alma trazidas na algibeira aberta,
Os sonhos verteram-se para o chão, perdeu-se a razão para amar,
Ninguém pisca os olhos, quanto mais fechar, a quimera é incerta
E nessa mesma incerteza que era dela não permitia ser ou estar,
Porém há uma esperança que ainda perdura no canto do olho,
É a brasa, o estado de afogueamento ou rubor vivo vivido,
Procurando os luares adormentados na meia-luz do sobrolho,
Reflectindo a luz e a sombra da estirada, a mais bela emboscada
É o não saber quando espreita a cilada no passo já oferecido
Ao chão, venha o dia, seja a noite e que a luz jamais seja ofuscada.
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